Porém, nós do Reciclando Mentes nos perguntamos de que outros problemas e contaminações o isolamento não nos protege? Que outros tipos de “pandemias” estão sendo espalhadas em nossas mentes?
“Pensando Coletivamente sobre um Problema Coletivo” divide-se em 5 partes:
Parte 1: “Vamos falar sobre o que estamos enfrentando nos últimos tempos!”
Parte 2: “Nestes tempos de extrema preocupação, o que tem nos apoiado?”
Parte 3: “Investigando a vida do Corona”
Parte 4: “Escrevendo uma carta para o Corona e/ou sua gangue”
Parte 5: “Considerações Finais”
Abaixo, a sequência de exercícios da atividade “Pensando coletivamente sobre um problema coletivo”, com algumas sugestões para o(s) facilitador(es) sobre como iniciar e conduzir a conversa, oferecendo-lhe(s) algumas orientações.
A atividade “pensando coletivamente sobre um problema coletivo”
Introdução
Facilitador: Bem-vindo!
Estamos felizes em ter a oportunidade de conversar com vocês sobre esse momento difícil que estamos passando e que tem sido profundamente preocupante para todos nós.
É importante listar algumas regras antes de começarmos a compartilhar nossos pensamentos e experiências. Muitos de nós podem ter enfrentado ou estão enfrentando momentos difíceis durante esta pandemia, por isso é importante ter cautela e estar atento para falar apenas sobre nossas experiências pessoais e para cuidar de todas as histórias que serão compartilhadas aqui.
Nossa conversa durará cerca de duas horas e, durante esse período, passaremos por quatro momentos diferentes. No decorrer de toda a atividade, gostaríamos de pedir a todos os participantes para manter os microfones desligados, ativando-os apenas quando desejarem falar. A qualquer momento, se alguém quiser conversar, basta levantar a mão.
Parte 1: Vamos falar sobre o que estamos enfrentando nos últimos tempos!
(Tempo sugerido: 50 minutos para alguns participantes compartilharem suas experiências)
Facilitador: vamos falar sobre o que estamos enfrentando nos últimos tempos! Estamos tentando encontrar uma resposta coletiva para “a presença de Corona em nossas vidas” e também para identificar quem geralmente o acompanha, como medo, desespero, desesperança, insegurança…
Também estamos tentando refletir sobre o futuro, tentando encontrar uma maneira de superar a invasão do Corona.
Teremos 50 minutos no total para este momento e sugerimos que qualquer pessoa que queira compartilhar suas experiências o faça brevemente, permitindo que outras pessoas participem também.
Então, quem gostaria de compartilhar brevemente o que você tem enfrentado nos últimos tempos?
Nota: É importante que o facilitador faça anotações durante as narrativas, identificando os personagens pertencentes ao que chamamos de “Gangue do Corona” (sentimentos e comportamentos que surgem na presença do Corona e que precisam ser externalizados) e também os recursos e habilidades que foram identificados e utilizados. Ao final, sugerimos que o facilitador encerre a atividade destacando os sentimentos e recursos comentados principalmente pelos participantes.
Parte 2: Nestes tempos de extrema preocupação, o que tem nos apoiado?
(Tempo sugerido: 30 minutos – 10 minutos para as perguntas e 20 minutos para alguns participantes compartilharem suas respostas)
Facilitador: Nestes tempos de extrema preocupação, o que tem nos apoiado?
Vou ler algumas perguntas lentamente, apenas para guiar nossas reflexões. Essas perguntas podem ser respondidas como você desejar: você pode escrever, desenhar ou apenas pensar em suas respostas. Você também pode compartilhar uma música conosco, se quiser.
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Durante esse período, o que você faz para elevar seu espírito?
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Você consideraria o que faz como uma prática de esperança?
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Você poderia dar um apelido para essa prática? Qual?
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Essa prática foi importante em outro momento da sua vida? Quando? Por quê?
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Onde você aprendeu essa prática e/ou com quem aprendeu?
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Se você já perdeu a conexão com essa prática, como se reconectou a ela?
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O que mantém seus sonhos seguros e vivos?
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Como você tenta ajudar os outros quando eles caem?
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Que dicas sobre esperanças e sonhos você poderia compartilhar com alguém sem esperança?
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Quais são suas esperanças para o nosso planeta?
Facilitador: Quem gostaria de compartilhar algumas das reflexões que surgiram dessas perguntas?
(Tempo sugerido: 20 minutos)
Parte 3: Investigando a vida de Corona
(Tempo sugerido: 15 minutos – 10 minutos para formar os dois grupos e 5 minutos para a entrevista)
Facilitador: gostaria de convidar você para participar de uma entrevista com o “Corona e sua gangue”. Teremos dois grupos. Um grupo assumirá o papel de jornalistas investigativos e o outro, interpretará os personagens do Corona e sua gangue, como o Medo, o Desespero, a Desesperança…
Nota: Sugerimos que o facilitador permaneça em um grupo e o co-facilitador no outro. As perguntas a seguir podem ser úteis para o grupo que representará os jornalistas investigativos.
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Corona, quando você chegou no Brasil?
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De onde você é?
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Aonde você está indo?
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Quais são suas esperanças e sonhos, Corona?
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Como você faz o seu trabalho? Quais são suas táticas/estratégias?
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O que o torna poderoso?
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Quem são seus amigos?
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O que o torna mais fraco?
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Há algo que você não gosta no seu trabalho?
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Como algumas pessoas podem escapar de você?
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Como algumas grupos/famílias/comunidades podem te impedir de infectá-los?
Nota: Quando o facilitador observa que a entrevista já alcançou um bom ponto de reflexão, ele pode encerrar a atividade dizendo que “foi uma ótima oportunidade para entrevistar o Corona e sua gangue, mas nosso tempo acabou”.
Parte 4: Escrevendo uma carta para o Corona e/ou sua gangue
(Tempo sugerido: 15 minutos para escrever a carta)
Facilitador: Agora que conhecemos o Corona e sua gangue, que tal escrevermos uma carta para eles, ou para o Corona, ou para um dos integrantes da gangue do Corona? Você pode me dizer o que gostaria de escrever na carta e eu escreverei. Como podemos começar esta carta?
Nota: Sugerimos que essa atividade possa ser desenvolvida com os participantes falando e o facilitador escrevendo e lendo a carta coletiva para eles. A carta não precisa ser longa.
As perguntas a seguir podem ser úteis para o facilitador orientar esta tarefa:
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O que você entendeu sobre o Corona?
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O que você acha do Corona e da sua gangue?
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Qual é a sua atitude em relação a eles?
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Mais alguma coisa que você gostaria de dizer ao Corona e sua gangue?
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Quais planos você tem para o futuro, assim que este período terminar?
Nota: No final, é importante ler a carta em voz alta para todos e acordar como o grupo o acesso à carta.
Parte 5: Considerações Finais
(Tempo sugerido: 10 minutos – as pessoas são convidadas a enviar uma mensagem para outras pessoas que estão lidando com a mesma adversidade)
Facilitador: De tudo o que falamos, quais mensagens vocês gostariam de enviar para outras pessoas que estão enfrentando essa mesma adversidade? Depois do nosso encontro, quais ações vocês se sentem encorajados a realizar na sua familia, na sua comunidade?
Se alguém tiver alguma necessidade de falar conosco após esse encontro, estamos disponibilizando o nosso número de WhatsApp e e-mail.
Nota para o facilitador: É importante agradecer aos participantes pela oportunidade de conversar com eles bem como destacar e honrar as lições aprendidas das histórias compartilhadas pelo grupo.
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